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25 de Abril de 2024

Por que um “homem” precisa humilhar uma mulher? Que prazer pode sentir na dor de outrem?

Publicado por Fátima Miranda
há 8 anos


Edição de Imagem: Fátima Miranda / Blog Verdades Ocultas

Por Fátima Miranda

É incrível ver como o sentimento machista tem o poder de transformar desde um homem sem nenhuma civilidade até homens e mulheres cultos em seres de mentes pérfidas e selvagens, sem nenhum caráter.

Não obstante as muitas campanhas e movimentos sociais contra o machismo, a verdade é que ele está presente na vida de muitos homens, assim como ar que ele próprio respira. A violência contra a mulher, dentre tantas a tão conhecida “cultura” do estupro e o assédio sexual, estão cada vez mais inflamados pela selvageria resultante do sentimento machista de muitos seres que se dizem “homens”, desprovidos de qualquer sentimento de humanidade e respeito, fazem suas vítimas deixando um rastro de dor, indignação e sede de justiça.

Não há um só dia em que se abra as páginas dos jornais, liguemos a TV ou acessemos os sites de notícias, que não nos deparemos com notícias tristes de violência contra a mulher, principalmente estupros ou alguma outra forma de violência à honra e a dignidade feminina.

São médicos, advogados, patrões, pais, padrastos, chefes, tios, vizinhos, intelectuais, pessoas consideradas acima de qualquer suspeita, enfim, a selvageria e o desrespeito partem de todas as camadas sociais e de onde menos se espera.

O machismo não perdoa a roupa sensual, o jeito mais expansivo, a maquiagem forte, tudo é “justificativa” para os “machões” atacarem em cheio as mulheres e, ainda acham que tem “direitos e razões”.

É estarrecedor saber que um médico dopa pacientes para violentá-las sexualmente ou que umPromotor de justiça tem “orgasmo” ao comentar um estupro "louvando" o estuprador, ou também que um advogado é acusado de estuprar a própria filha menor, ou que um empresário milionário espanca a sua mulher, que um filho de 11 anos denuncia seu pai por contínuas agressões à sua mãe e se coloque à disposição da polícia e justiça como testemunha, que umvizinho ao ter acesso a uma foto íntima de uma mulher casada, mãe de família e pessoa de reputação ilibada, mesmo ciente de que se tratou de um acidente, uma vez que a foto não foi exposta propositalmente por ela, compartilhe a mesma em redes sociais com a finalidade de denegrir a honra e humilhá-la publicamente.

“O direito à imagem diz respeito à prerrogativa que a própria pessoa possui sobre a projeção de sua personalidade, física ou moral, perante a sociedade. Sua vinculação à dignidade da pessoa humana é evidente, diante de sua importância na formação da personalidade dos sujeitos”. “Ademais, a aparência exterior do homem é o primeiro e mais relevante dado da identidade de qualquer indivíduo, ao dar forma concreta ao ser abstrato da personalidade. Dessa forma, mostra-se até mesmo evidente a possibilidade de que a violação do direito à imagem leve à configuração de dano moral”, diz uma estudante de direito.

São tantos casos de violência contra a mulher e à sua dignidade sexual, os crimes contra a honra e danos morais, que não há outra forma de demonstrar a nossa indignação, se não, pedindo socorro às autoridades para que punam esses criminosos nos rigores da lei. Além de crime, isso gera dano moral.

“Para o dano ser indenizável, 'basta a perturbação feita pelo ato ilícito nas relações psíquicas, na tranquilidade, nos sentimentos, nos afetos de uma pessoa, para produzir uma diminuição no gozo do respectivo direito.”

Dentre os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituição Federal, estão o respeito à dignidade da pessoa humana e sua intimidade, expressos no art. , incisos, III, V e X além do art. no que se refere o direito à saúde (mental) da referida Carta Maior. Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;V - e assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

O dano moral caracteriza-se como a ofensa ou violação dos bens de ordem moral de uma pessoa, tais sejam o que se referem à sua liberdade, à sua honra, à sua saúde (mental ou física), à sua imagem.

Note-se que quando são mencionados na legislação os termos intimidade, vida privada e honra, a referência é à vida particular do indivíduo (que somente a ele lhe diz respeito), e a ele é garantido o direito de tornar público ou não suas informações ou acontecimentos ocorridos.

A oportunidade da reparação do prejuízo por dano moral é gerada na hipótese de o indivíduo entender que foi lesado a sua privacidade, pelo fato de suas informações ou acontecimentos terem sido tornadas públicas por conta de terceiros.

A referida lei infraconstitucional prevê também no art. 927 que aquele que comete ato ilícito (conforme art. 186 e 187 do CC) ficará obrigado a repará-lo, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Ninguém pode se sentir no direito de violentar a dignidade sexual de uma mulher ou cometer outros tipos de violência contra ela, humilhá-la e achar isso engraçado ou sentir prazer. O criminoso precisa entender que o crime tem consequências negativas para ele. A nossa legislação penal não perdoa esse tipo de crime e esse comportamento vulgar do homem. Até mesmo os presidiários não perdoam os homens que cometem esse tipo de atrocidade contra a mulher, normalmente o homem que envereda por esse caminho não é bem recebido nos presídios pelos futuros companheiros de cela, é o que se tem notícia.

Semana passada, dentre tantos outros casos de violência contra a mulher, foi a infeliz vez da senhora Araildes P. R. Nunes, casada, mãe de quatro filhos, religiosa e de vida pacata em conformidade com os costumes da pequena Ibiaporã, distrito de Mundo Novo, Bahia, onde nasceu, se criou, constituiu família e vive até hoje.

A vida dessa guerreira se transformou num inferno. Araildes que sofre de constantes crises renais, foi acometida por uma enfermidade em sua genitália o que lhes rendeu uma incômoda ferida, a qual não conseguia ser vista por ela sem o auxílio de uma câmera fotográfica.

Sem condições de se curvar o suficiente para ver e acompanhar a evolução da enfermidade, devido às fortes dores renais e com total direito de investigar o seu corpo, inclusive com fotos, Araildes usou o celular para fazer imagens para enfim, ver a tal ferida que tanto lhe incomoda.

Infelizmente, por uma triste sorte, sem querer, Araildes, numa dessas vezes, acabou clicando e enviando desapercebidamente uma dessas imagens para um grupo de Whatsapp da sua região, mas logo foi comunicada de que seu perfil havia enviado aquela imagem, o que a levou a explicar apressadamente o que acontecera.

Tudo isso não foi o bastante para impedir que a sua imagem fosse utilizada de forma criminosa e vil por alguém. Tendo tomado conhecimento do ocorrido e em posse da imagem, um dos membros do grupo, seu conhecido e vizinho, que sabe da sua honradez, de forma consciente e totalmente maldosa e criminosa, tratou logo de espalhar a imagem por vários grupos, inclusive o de Ibiaporã, que pertence a própria vítima. Não satisfeito em promover a imagem e dizer de quem era, o elemento de mente perversa tratou de agravar o crime os danos morais, publicando inclusive, em áudios o nome da vítima atrelado a xingamentos difamatórios e caluniosos.

Ouça um dos áudios.

(Alguns elementos foram cortados deste áudio para garantir a privacidade da vítima)

https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/272178275&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&visual=true

Por ter consciência do estado de saúde da vítima, o agressor, talvez por ignorância ou má fé, alega num dos áudios que a imagem seria enviada a um médico e confessa isso em um dos seus áudios, o que só reitera a sua maldade consciente. Sem perdão.

Tivemos acesso à imagem, que não teria nada demais se não fosse obscenizada, apenas a ferida, conforme explicado pela vítima. Não teria sido tão prejudicial se não fosse o ínfimo caráter do agressor somado a sua mente doente e seu desejo de humilhar a vítima que logo tratou de obscenizá-la. Araildes fez um desabafo onde se queixa dos danos morais causados à sua honra e imagem e aos transtornos psicológicos que interferem diretamente em suas atividades cotidianas, levando-a a se afastar de algumas atividades por causa do escândalo que lhe compromete. Leia o breve relato da vítima:

Araildes Pires: Sou Pastora a dez anos na comunidade de Ibiaporã, distrito do município Mundo Novo, tenho um projeto no qual atuo e trabalho com alcoólatras com internamentos no Centro de Recuperação, trabalho com jovens, crianças, senhoras e senhores, sou educadora social e trabalho atualmente na coordenação de 107 crianças na comunidade, no Serviço de Convivência Fortalecimento e Vínculos. Atuo como Pastora, estive doente e por um momento de muita dor, infecção Urinária, glândulas alteradas nas virilhas, fiz uma foto da minha parte íntima, na qual havia uma ferida que doía muito e ardia, por um acidente, ao mexer em um grupo cliquei na foto tirada, e publiquei em um grupo público; repassaram minha foto, e isso trouxe-me um transtorno irreparável ao meu nome! Um cidadão, confirma em áudio que sabia que a foto era para um médico, ele sabia do meu problema de saúde e repassa minha foto escandalizando e me xingando de nomes absurdos que prefiro não retratar, me desmoralizou diante da minha comunidade de quase 6 mil habitantes ou mais, onde sou conhecida regionalmente por ser Ministra e Cantora, conhecida por vários Estados, e com um currículo até fora do Brasil entre outros países que não senti desejo de atender os convites; sinto o peso da lesão em meu nome, deixei de Pastorear porque fui profundamente violada em minha honra, hoje estou em casa sem sair, depressiva, meus filhos sofreram as consequências de tamanha fragilidade desse momento onde muitos zoaram, criticaram e caluniaram sua mãe. Sempre fiz trabalho social, cuidando de depressivos, alcoólatras, tirei algumas pessoas das drogas, cuido de famílias, faço aconselhamentos, adoto pessoas com câncer em fase terminal trazendo a eles alegrias em seus poucos dias de vida, acima de tudo isso, pastoreva a igreja com muitos membros, realizando projetos sociais, festas e eventos na minha comunidade. Preciso e quero muito mudar a situação da minha imagem pública, pois sou esposa e mãe de família e me sinto profundamente triste e deprimida por esta situação (...)

Araildes foi aconselhada a registrar ocorrência na delegacia de polícia e em seguida lavrar Ata Notarial em cartório e prosseguir com as devidas medidas judiciais cabíveis contra o seu agressor virtual.

Até onde vai a falta de limites dessas mentes machistas e criminosas que não se importam em acabar com a reputação e a vida de uma mulher, independentemente de cor, credo, raça, posição social, etc?

Que a justiça seja feita, pois só assim as vítimas se sentirão um pouco melhores diante de seus prejuízos morais irreparáveis.

Gostaríamos de parabenizar a todos os homens de bem, que de alguma forma tem se mobilizado no combate à violência contra a mulher.

Abaixo um vídeo produzido pela Frente Parlamentear dos Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher.

http://www.youtube.com/embed/rYISZFPZARs

Fonte: Verdades Ocultas

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⁠⁠⁠Prezada Fátima Miranda, parabéns pelo artigo.
Esperamos que essa realidade mude o Brasil ou o Brasil mude essa realidade.
Já tive a oportunidade, mais uma vez, aqui de expressar minhas opiniões no tocante ao tema “violência contra a mulher”, em qualquer natureza. Basicamente é uma repetição.
Por que um “homem” precisa humilhar uma mulher? Que prazer pode sentir na dor de outrem? Temos várias respostas, primeiro, é que não há organismos que possuam políticas e leis que coíbam, prendam, apliquem uma lei com mais eficácia, isto é, não abrandem a punição, mais do que já está abrandada.
A lei ajuda o agressor, pois se for preso ficará pouco tempo na prisão, enquanto que a mulher quando não é morta sobrevive com a violência física e psicológica para o resto da vida. E pensar que todo aparato jurídico se reveste de proteção ao agressor, a começar pelos “Direitos Humanos”. Mulher não participa do contexto Direitos Humanos.
Segundo e tantas outras respostas, que não há interesse em melhorar as leis e melhorar sua aplicabilidade. O sistema prisional falido da mesma forma.
Cada vez mais ouvimos as notícias de mulheres sofrendo esses e outros tipos de violências. A mais recente, aqui em Salvador, é que uma cantora ao tentar proteger sua irmã vítima de um assédio, culminou por ser agredida por um taxista.
Organismos nas esferas municipal, estadual e federal, além de setores sociais, mídias e políticos em geral, participam muito pouco de um processo sólido para essa mudança.
A Lei Maria da Penha já “nasceu” aprisionada, agredida e violentada. Aprisionada porque as medidas não saem do papel e da gaveta. Agredida porque nada se faz para difundir sua aplicação que já é ineficaz. Violentada porque, assim como a mulher, perde seu valor, perde sua integridade e não tem efeito como Lei. Se tem, é muito pouco.
Em casa, vivem aprisionadas pela própria violência e pelo Estado. Ou discam 180 ou permanecerão aprisionadas, pois faltam ações ou políticas públicas, repito, que enfatizem o combate a esse tipo cruel de violência.
Em outras situações, Fátima, já tive a oportunidade de expressar minha opinião, aqui no JusBrasil, de que no Brasil a violência contra a mulher é permissível até que a mulher denuncie. A grande questão para a sua pergunta é que: sobre o tema “violência contra a mulher” é que no Brasil trata-se a consequência, a partir da denúncia, ao invés de tratar a causa. Dessa forma, espera-se a mulher ser agredida para saber o que aconteceu e o que fazer.
Quem já viu a mídia divulgar propaganda exaustiva sobre o combate à violência, notadamente, direcionada ao público masculino? Propaganda exaustiva na mídia digo, em outdoor nas ruas, estádios, em cinemas, teatros, veículos, empresas, praias, período de festas, trio elétricos, entre outros lugares? Já houve alguma propaganda escrita “Homem, seja o primeiro a proteger sua esposa, companheira, filha. Não à violência contra a Mulher!”? Já viu em algum órgão?
Parabenizo a "Frente Parlamentear dos Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher", eu ainda não tinha visto esse vídeo. Assim, já é uma realidade em busca das causas.

O ENEM do ano passado teve como tema da redação "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” (pelo qual eu participei) e a mídia divulgou pessoas que foram contra o tema, pois achavam que era um tema"saturado"e"sem cabimento". A mídia fez esse enfoque quando deveria mostrar tantos quantos foram a favor e tantos casos (número de cinquenta e cinco, entre as que sofreram ou presenciaram casos de violência) de denúncias feitas através da redação, naquele ENEM, de mulheres agredidas e violentadas.
Portanto, o sentir prazer através da dor das mulheres tem um gosto de impunidade e descaso para continuar. Acabar com esse tipo de humilhação é sair da estagnação cultural.
Excelente seu artigo, mas não podemos deixar apenas aqui nos artigos.
No Brasil isso está difícil de acontecer, pois, aqui é um País que nos governos possuem três tipos de situações: 1) as pessoas que fazem com que as coisas aconteçam... 2) as pessoas que veem as coisas e nada fazem... e, 3) as pessoas que perguntam o que foi que aconteceu?
Localize em qual ou quais situações estão os governos com suas políticas que cuidam desse assunto.
Mais uma vez, parabéns pelo artigo. continuar lendo

Caro Paulo de Souza Tavares, obrigada pela belíssima contribuição que só enriqueceu o meu modesto artigo.

Parabéns pela expressão da consciência de um ser humano, que em suas palavras revela-se um homem consciente da grande necessidade que a mulher tem em ter seus direitos respeitados e garantida a segurança necessária e preventiva contra a violência sem limites daqueles que desrespeitam o direito alheio.

Um homem não pode ser medido por outra coisa que não seja o seu caráter e respeito por seu semelhante, eis aqui um grande homem. Parabéns! continuar lendo

Por que hoje em dia as mulheres, principalmente as feministas, sentem prazer em humilhar homens que elas não sentem atração,? Desmerecem, falam que homem é lixo, tiram print dos que mandam um simples oi e debocham nas redes sociais. Fácil julgar o homem, mas que tal olhar para as mulheres também pois elas não são santas.

As escrotas de plantão que vem ler essa matéria digo:
Quer exigir respeito mas é uma escrota com todo mundo? Ódio por ódio querida, não adianta vir de hipocrisia. continuar lendo

Exatamente, muitas praticam o que elas mesmas criminalizam. É aquele velho ditado, no dos outros é refresco. continuar lendo

Fátima:
Mesmo correndo o risco de me tornar repetitivo, quero aproveitar a oportunidade desse artigo para me alinhar a essa luta e a essa ideologia.
Incontestável a presença do machismo em muitas das agressões, mas eu adicionaria aos elementos responsáveis mais fatores que considero preponderantes: A ignorância, a intolerância, a insegurança e a covardia.
A ignorância, maior alimento do machismo, faz com que o homem se sinta dono de sua fêmea, mesmo que essa nunca tenha lhe pertencido. Vai subjuga-la, vai querer humilhar, vai matar por vingança, por medo de ser desprezado, de ser trocado, de ser descoberto. A ignorância é hereditária e por isso, perigosa e difícil de ser exterminada. O estuprador é antes de tudo, um ignorante.
A intolerância não deixara espaço para que a mulher tenha direitos exclusivos. É um sentimento de posse, de domínio também. O ciúme entra fundo no sentimento da intolerância e ele vai cerca-la por todos os lados, será desconfiado, vai maltratar e ao maltratar ficará com mais medo de ser abandonado e ficará ainda mais violento. Uma roda viva.
E a insegurança em ver que a mulher não depende dele, que é ativa, espontânea, bem relacionada, com uma carreira de sucesso, com amigos, que é bonita, se produz, inteligente o fará se sentir inferior e levará à unica atitude em que ele possa se sobrepor, que é a da violência. Agredirá para se sentir superior mesmo que por momentos.
O covarde agride ou mata a mulher, por esta ser presa fácil. Se ela consegue ou está preparada para reagir à altura, ele foge. É um animal perigoso, talvez o mais perigoso de todos. Matará ou agredirá também outro homem pelas costas, escondido atrás do seu despeito, da sua inveja, do seu mau-caratismo. Normalmente choram depois de presos.
Mas todas essa "qualificações" existem em todos os relacionamentos dessas pessoas, que considero "doentes". Vai estar presente nos relacionamentos familiares, entre pais e filhos, com colegas de trabalho, com amigos, só que por sua fragilidade física, as mulheres serão sempre suas maiores vítimas.
Muitas mulheres também se expõem com facilidade ao domínio dessa classe de "homens", insistindo em uma relação ou em comportamentos que já não está dando certo e apostando que leis a protegerão, só que sabemos que não é assim. Leis e direitos existem para serem respeitados, mas não o são pela simples existência e depois, restará apenas a punição ao crime, que não devolverá a vida ou a dignidade a ninguém.
É uma fase da evolução humana, quando a mulher se desprende do jugo masculino, mas quando também o mundo precisa aprender tudo sobre como viver com essa nova mulher e com essa nova declaração de direitos.
Enfim, um assunto que precisa ser sempre trazido à tona, sempre discutido, para que dessa forma se torne cultural e só pela educação traremos soluções mais definitivas. continuar lendo

Caro José Roberto, estou plenamente de acordo com seu comentário e grata pela contribuição tão contextualizada.

Parabéns pela consciência da importância dessa luta que não deve ter sexo e sim, respeito e humanidade acima de tudo.

Abraço! continuar lendo

Excelente, Sr José Roberto. Destaco, "...para que dessa forma se torne cultural e só pela educação traremos soluções mais definitivas.". Pura verdade. continuar lendo

Obrigado Fátima, no entanto, o mérito continua sendo seu, pois você demonstra coragem em se expor e enfrentar a tudo e a todos por uma causa, e que grande causa. continuar lendo

Obrigada amigo! continuar lendo